fonte: http://wellingtonrafael.blogspot.com/ |
Eram
tempos difíceis de viver
Nada
tinha para colher
Foi
um ano difícil à lagoa ate secou coisa difícil de se ver
Ajuda
quase não tinha nem de feijão nem de farinha
A
emergência ate vinha era a única coisa que tinha.
A
seca atingiu até a serra, pois nada se colhia daquela terra
Água
salgada era a única que se tinha
O
feijão que da emergência vinha era duro como caroço de pinha
Cozinhar
era agonia com feijão duro e água doce que não tinha.
O
ano era 1993, e as necessidades eram gigantescas
Araruna
só teria vivido esta estiagem na década de 80
A
seca castigava nada tinha como plantar, a terra do feijão estava a secar
O
sufoco era grande que não podia imaginar
Roupa
não tinha como lavar, pois na lagoa da serra água não tinha mais lá
Ficou
a cacimba com pouca água por lá
Era
todo dia uma multidão a correr para água pegar
Só
tinha a cacimba para nos ajudar
Às
quatro horas da manhã a rua lotada estará, pois todos queriam água pegar
Às
vezes até secava e uma multidão ficava a esperar
Foram
dias difíceis, mas conseguimos superar, a chuva veio pouca, mas no ano 2000 só
faltou nevar
Araruna
voltou a ser frio e muita chuva veio para nos ajudar.
Do
feijão ao maracujá começamos a plantar
Voltou
à fartura e nada veio a faltar
Até
água doce na torneira veio acalhar, pois o governador na época Maranhão colocou
para nos ajudar.
Araruna/PB, 22 de Dezembro de 2019
Edvaldo
dos Santos