O
Beco do Fumo
Era no meio da feira que tudo acontecia
Eram
vários becos com aquela gritaria
Ninguém
entendia nada do que se ouvia
Tanto
homem gritando, fumaça de cigarro e velhos escarrando.
Credito da foto: http://wellingtonrafael.blogspot.com |
Muito
jogo do bicho acontecia por lá
Era
uma verdadeira agonia
Nas
mesas dos jogos era onde tinha calmaria
Baralho
só jogava quem dinheiro tinha.
Seu
Genival o baralho traçava
A
banca ele mandava
E
tantos outros ali jogavam
Cansaço
não tinha, pois de comida tudo tinha
De
bebida a farinha
E
assim o jogo seguia.
Quando alguém se aproximava, a gritaria começava
Olha
o fumo! Olha o fumo! Olha o fumo!
E
muitos nem olhava.
Durante
a semana, tudo era diferente
O
escuro ali reinava e os casais se aproximavam
O
Beco do fumo começava outra fama
As
bancas da feira virava cama
Quem
nunca namorou ali não sabe o que é pegação
Lei
era uma só, tinha que resistir a tentação
Mas
de lado não podia olhar não.
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Era
uma verdadeira agonia
Filha
de fulana e fulano no beco do fumo! Não acredito não!
Era
uma verdadeira decepção.
Na
cidade se espalhava
Tudo
o povo contava, mas era especulação
Pois
a lei era uma só, ninguém podia dizer o que acontecia lá não.
O
que acontecia no beco do fumo lá ficava
E
ai de quem contava
Pois
ninguém iria com ele ou ela mais não.
Existia
um calçadão ao lado do beco do fumo
Na
feira vendia diversas roupas que vinham de outros rumos
Na
semana ficavam as crianças a brincar
Quando
os cachorros de Zenobia não vinham atrapalhar
Graciliano
tentava nos ajudar, mas os dálmatas não nos deixava brincar.
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O
tempo passou e tudo mudou...
Hoje
tem em seu lugar o famoso shopping popular
Não
é mais o mesmo lugar, mas a herança ficou naquele lugar
Pois
muita gente ainda vai lá para namorar e brincar.
Araruna/PB, 09 de Janeiro de 2020
Edvaldo
dos Santos