terça-feira, 9 de junho de 2020

Araruna tem Eleição Diferente


O tempo da alegria das crianças chegava
A política iniciava e os carros de som circulavam
Era uma correria danada atrás das fotos que os carros de som deixavam
Era uma difusora que chamava, e as crianças em casa não ficavam.

Correr atrás da difusora era melhor que ficar em casa
Cheio de menino a parte de traz ficava
Era muita alegria, atrás do carro todos corriam
O motorista reclamava, mas os meninos nem ouviam.

Um menino do carro caiu e morreu
De repente, tudo diferente os carros agora grampo continha
E subir nele não podia.

Tudo foi mudando, os carros aumentando
Chegou um tal de Tenório logo gritando
É sangue luzia!!! E o  povo é Raul e Nemias
Agitou a eleição, e o povo era só emoção
Era Nivaldo de um lado do outro Raul 
Foi aí que Surgiu naquele tempo
A expressão converseiro de Raul.

No ginásio o Maranhão uma guerra acontecia
Acabou a luz e a contagem seguia
Sumiu uma urna!!! E ninguém via
Era uma gritaria, uma verdadeira agonia.

Algumas pessoas em casa esperando a contagem terminar
De longe logo se ouvia o negão Tenório a gritar
Logo disseram, foi Raul que conseguiu ganhar
O negão gritando sangue Luzia e por traz da sua fala
Uma ironia, era Dr. Nivaldo que do seu lado vinha
O negão de lado pulou a vitória Nivaldo levou.

Foi uma campanha diferente
Pois ainda resta dúvida em muita gente
Mas uma coisa vamos destacar
Desta campanha até hoje costumamos falar
Aja sangue luzia e converseiro de Raul, pois estes vieram para ficar
É o que costumamos muitas vezes no dia a dia falar.

Araruna/PB, 09 de junho de 2020

Edvaldo dos Santos 


domingo, 29 de março de 2020

A Escolinha de professor Fio “Bom de Bola Bom na Escola”

A Escolinha de professor Fio  “Bom de Bola Bom na Escola” 

O futebol de Araruna tem muita história para contar,
Tivemos grandes nomes os quais vamos nos lembrar.
Tudo começou no campo do pé de jaca,
Onde cada jogador fazia seu gol de placa,
Era próxima a Avenida onde aventura acontecia
Jogava até a última luz do dia.

Com o passar do tempo o campo mudou de lugar,
Veio ser o campo do cuscuz que começaram a jogar
Também era até a última luz que a bola ficava a rolar.

Dentro destas rimas pobres também quero destacar,
A escolinha de professor Fio que veio para inovar
Tinha um tal de Ferrugem que só fazia marmota por lá,
Mas o que os meninos queriam mesmo era jogar ate cansar.

Desfile 07 de Setembro
Fonte: Professor Francisco Belarmino (Prof. Fio)

A escolinha não veio só para as crianças jogar
Trazia com ela um projeto particular.
Nos momentos de bola as crianças ficavam a desopilar
Não queriam com outras coisas ruins se misturar.

Falo da escolinha com orgulho de participar,
Pois foi ali que comecei o meu sonho realizar.
Quem bebesse ou fizesse coisa errada na escolinha não podia ficar,
De longe se ouvia um homem de perna torta gritar
Era poça de gala pra aqui, poça de gala pra lá
E ai de quem fosse questionar.

Professor Fio atuando no Guarabira FC
Fonte: http://wellingtonrafael.blogspot.com

Quem ajudava era Joilson e Betinho,
Para Fio sozinho não ficar.
Jogávamos em todo lugar, com esta equipe para nos acompanhar
Tinha tudo, nada faltava, era uma organização só,
Cada jogador tinha seu armário e o meião era dado um nó.


Os goleiros eram Edvaldo e Magão que não deixava a bola passar
Lembramos o eterno Lenilson que poucos o viram jogar
Na direita era Leo de Zezim, no meio Serginho
Na zaga Bodão na esquerda Flávinho
Na zaga Erinaldo, Robinho e ainda tinha Celinho,
O ataque era Ari matador treinado por seu Zezinho
Ainda tinha o atacante Jairo sortudo desde o cruzeirinho.

Pós Treino da Escolinha
Fonte: Professor Francisco Belarmino (Prof. Fio)

Zivaldo matador não podemos esquecer
Se tinha uma chance dificilmente ele iria perder.
Tinha o Prefeito que era um grande volante
E ainda tinha Soares que jogava ajudando o centroavante.

Treino da Escolinha aos Sábados pela manhã
Fonte: Professor Francisco Belarmino (Prof. Fio)
Branquinho também jogava junto com Edvaldo de Tacima
Rodrigo também queria, mas uma posição não conseguia
E o menino Rafael na época só raiva fazia.

Depois veio outra geração,
A escolinha cresceu e continuou tirar jovens da tentação,
A droga surgia, mas a escolinha combatia
Comandados pelo Professor Fio, muitos jovens da droga saia.

A escolinha fama fez, até profissional saiu mais de uma vez
Porém Infelizmente a escolinha um dia se desfez.
Mas os jovens que nela jogou ao menos uma vez
Jamais vai esquecer do que ela e o professor Fio fez.


Araruna/ PB, 29 de março de 2020.


José Edvaldo Pereira dos Santos

Licenciado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 2013, Especialista em Gênero e Diversidade na Escola pela (UFPB) em 2015. Atualmente professor Substituto de Inglês Instrumental e Leitura e Produção Textual no CAMPUS VIII da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 




segunda-feira, 13 de janeiro de 2020


O Beco do Fumo


Era no meio da feira que tudo acontecia
Eram vários becos com aquela gritaria
Ninguém entendia nada do que se ouvia
Tanto homem gritando, fumaça de cigarro e velhos escarrando.

Credito da foto: http://wellingtonrafael.blogspot.com
 De longe se ouvia o barulho da roleta a girar
Muito jogo do bicho acontecia por lá
Era uma verdadeira agonia
Nas mesas dos jogos era onde tinha calmaria
Baralho só jogava quem dinheiro tinha.

Seu Genival o baralho traçava
A banca ele mandava
E tantos outros ali jogavam
Cansaço não tinha, pois de comida tudo tinha
De bebida a farinha
E assim o jogo seguia.


Quando alguém se aproximava, a gritaria começava
Olha o fumo! Olha o fumo! Olha o fumo!
E muitos nem olhava.

Durante a semana, tudo era diferente
O escuro ali reinava e os casais se aproximavam
O Beco do fumo começava outra fama
As bancas da feira virava cama
Quem nunca namorou ali não sabe o que é pegação
Lei era uma só, tinha que resistir a tentação
Mas de lado não podia olhar não.

Credito da foto: http://wellingtonrafael.blogspot.com
Quando alguém descobria o que lá acontecia
Era uma verdadeira agonia
Filha de fulana e fulano no beco do fumo! Não acredito não!
Era uma verdadeira decepção.

 Na cidade se espalhava
Tudo o povo contava, mas era especulação
Pois a lei era uma só, ninguém podia dizer o que acontecia lá não.

O que acontecia no beco do fumo lá ficava
E ai de quem contava
Pois ninguém iria com ele ou ela mais não.

 Existia um calçadão ao lado do beco do fumo
Na feira vendia diversas roupas que vinham de outros rumos
Na semana ficavam as crianças a brincar
Quando os cachorros de Zenobia não vinham atrapalhar
Graciliano tentava nos ajudar, mas os dálmatas não nos deixava brincar.

O tempo passou e tudo mudou...
Hoje tem em seu lugar o famoso shopping popular
Não é mais o mesmo lugar, mas a herança ficou naquele lugar
Pois muita gente ainda vai lá para namorar e brincar.



 

Araruna/PB, 09 de Janeiro de 2020


Edvaldo dos Santos

Araruna tem Eleição Diferente

O tempo da alegria das crianças chegava A política iniciava e os carros de som circulavam Era uma correria danada atrás das fotos que ...